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Violência Doméstica contra a Mulher: Tudo o que você precisa saber

  • Autor : Casal de Psicólogos Fernando e Jeniffer
  • 15º-set-2022
  • Psicoterapia

Violência Doméstica contra a Mulher: Tudo o que você precisa saber

 

A violência doméstica é uma problemática social que remete às relações históricas de desigualdade entre homens e mulheres. Na verdade, em 80% dos casos, as vítimas são as mulheres.

É um tipo de violência que se manifesta em um casal onde os dois parceiros vivem uma relação íntima e afetiva.

Caracteriza-se por uma relação de dominação no qual o agressor estabelece e mantém seu poder sobre sua vítima, e da qual ela não consegue sair.

Além disso, o agressor tenta continuamente manter seu controle, e não é uma dinâmica onde as duas pessoas mudam o papel de agressor e vítima. São estratégias utilizadas pelo agressor sempre com o objetivo de dominar sua vítima.

E talvez você se pergunte: o que leva um agressor a agir dessa maneira?

Para você entender por que isso acontece, vamos explicar como diferenciar a violência doméstica de uma simples briga de casal, assim como o ciclo da violência, as formas de violência e o que fazer para sair dessa relação abusiva.

 

Violência doméstica X Briga de casal: qual a diferença?

Todas as agressões que podemos observar em um casal não são necessariamente violência doméstica.

A violência doméstica é intencional e premeditada, que visa aterrorizar a vítima. Ela se exerce através de um ciclo que se repete e se intensifica.

Já numa simples briga de casal, é um conflito que surge quando o comportamento de uma pessoa impacta nas necessidades do outro ou quando as suas opiniões divergem.

Quatro critérios permitem diferenciar a violência conjugal da briga de casal:

 

1.O tipo de agressão

No caso da violência doméstica, as agressões são intencionais, estratégicas e têm por objetivo dominar.

Já no caso de um conflito, os dois parceiros exprimem seu ponto de vista, mesmo que isso possa ter a impressão de agressividade.

 

2.O que se busca

Na violência doméstica, o agressor quer ter o controle e o poder sobre sua vítima sem negociação.

Numa briga de casal, os dois buscam convencer o outro que têm razão e que ganharam a discussão.

 

3.O impacto

No caso da violência doméstica, a relação de poder tem um efeito destrutivo sobre a vítima, que a obriga a uma reação estratégica diante da agressão.

Em um conflito conjugal, há uma liberdade de reação e uma transparência em razão da ausência de medo.

 

4.A explicação

Na violência doméstica, o agressor acha que está sempre certo e não se explica. 

No caso de uma briga de casal, a pessoa que desencadeou a briga não tem nada a esconder, ela argumenta e explica sua atitude, e pode até mesmo pedir desculpar se achar que passou dos limites.

 

Ciclo da violência

O agressor reproduz um ciclo de 4 fases. As duas primeiras têm por efeito o controle de sua parceira: são a tensão e a agressão.

As outras duas visam a assegurar que sua parceira não o deixe: justificativa e reconciliação.

Com o tempo, esse ciclo se repete e se intensifica. 

 

Fase 1: a tensão

O agressor tem um acesso de raiva e ameaça sua parceira. 

A vítima tem medo. Ela se sente inquieta, tenta melhorar o clima, e toma cuidado com seus próprios gestos e palavras.

 

Fase 2: a agressão 

O agressor passa a submeter sua vítima à violência verbal, psicológica, física, sexual ou financeira.

A vítima se sente humilhada e triste. Ela tem o sentimento que a situação é injusta.

 

Fase 3: a justificativa

O agressor procura desculpas para justificar seu comportamento.

A vítima tenta compreender suas justificativas, duvida de suas próprias percepções e se sente responsável pela situação.

 

Fase 4: a reconciliação

O agressor pede perdão, fala que vai mudar ou que vai buscar ajuda.

A vítima lhe dá uma chance, oferece ajuda, admira seus esforços e muda seus próprios hábitos.

 

Formas de violência

Existem várias formas de violência, entre as quais destacamos:

 

Violência psicológica

A violência psicológica consiste em uma série de atitudes que consistem em:

  • Humilhar a vítima

  • Desvalorizar a parceira

  • Exercer o controle

  • Deprecia a aparência da sua companheira, suas capacidades intelectuais

  • Critica a maneira que ela educa os filhos ou como cozinha

Não importa suas qualidades, o que ele quer é sempre a diminuir, ao ponto que ela tem uma imagem negativa dela mesma.

 

Violência física

Quando as ameaças, os gritos ou as ironias não são mais suficientes, o agressor bate na parceira.

Ele a segura, a imobiliza, dá tapas e chutes, enfim, usa de toda brutalidade.

Existem casos mais graves onde pode usar uma faca ou mesmo queimá-la, e dar pontapés mesmo se ela estiver grávida.

 

Violência verbal

A violência verbal consiste em gritos, insultos, injúrias, ameaças.

Na maioria das vezes, o agressor vai elevar seu tom de voz para intimidar sua companheira.

A violência verbal também pode se manifestar por proibições, chantagens e ordens.

 

Violência sexual

A violência sexual se manifesta quando o agressor impõe à sua parceira relações sexuais com ele ou até com outras pessoas.

Ele pode obrigá-la a ver filmes pornográficos e fazer com que ela imite as cenas do filme.

 

Violência financeira

Quando o agressor proíbe sua parceira de trabalhar ou ao contrário, a obriga a trabalhar além de suas forças para se beneficiar de uma melhor renda.

Também pode exercer um controle sobre a escolha do trabalho, ou impedir que ela estude.

Limitar ao extremo os gastos para a alimentação, as roupas, lazer e impedir todo acesso a recursos financeiros fazem parte também dos meios utilizados pelo agressor.

 

Quais os impactos na vida conjugal?

A violência doméstica tem impactos na vida das mulheres e na dos filhos.

 

Impactos nas mulheres

Com cada vez mais agressões, a vítima começa a ver a violência como normal e até mesmo justificada.

Seu limite de tolerância aumenta ao ponto que ela não percebe mais as manifestações diárias de controle.

Ela se esvazia, literalmente, de seu dinamismo e de sua energia. Ela se torna condicionada, porque ela faz de tudo para evitar novas agressões, porque ela é obrigada a justificar suas atitudes e seus comportamentos, porque até duvida de suas emoções e de sua própria compreensão da situação.

Frequentemente, uma mulher que vive uma violência doméstica, em um primeiro momento, busca ajuda de pessoas próximas. 

Como todos se mostram pouco tolerantes, essa mulher acaba se isolando e permanecendo em silêncio.

Infelizmente, muitas delas, até por vergonha, não buscam ajuda, por consequência, sua integridade psicológica, física e sexual é cada vez mais ameaçada pela violência que ela sofre.

A violência doméstica tem efeitos devastadores na saúde mental e física das mulheres que são vítimas.

No plano físico, elas sentirão dores variadas, alergias, insônia, problemas digestivos, etc.

Já na saúde mental, as consequências implicam um trauma psicológico, sintomas de depressão e uso de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos e analgésicos).

Alguns dados indicam:

  • 6% das mulheres vítimas de violência têm ideias suicidas

  • 37% de mulheres que viveram pelo menos um episódio violento têm um nível elevado de estresse psicológico 

  • 98,2% das mulheres que ficaram confinadas têm pelo menos um problema de saúde física ou mental

Impactos nas crianças

Crianças que vivenciam uma violência doméstica, ou mesmo que sofreram abusos, agressões psicológicas e verbais, também são seriamente impactadas

Assim como as mães, as crianças têm medo, estresse, vergonha, raiva, onde essa violência afeta sua integridade, seu desenvolvimento psicológico e social e sua segurança.

Veja algumas dessas consequências:

  • Se sentem responsáveis pela violência e acreditam que sendo melhores, podem fazer parar essas agressões

  • Ter dificuldade em estabelecer e viver relações iguais com os outros

  • Desenvolver problemas de sono, concentração e de saúde mental

  • Ter dificuldades de aprendizagem na escola

  • Estar constantemente em alerta e com medo

Por outro lado, as mães decidem largar seu parceiro quando tomam consciência do sofrimento de seus filhos, ou quando seu companheiro ameaça agredi-los.

 

Como acabar com a violência doméstica?

A violência doméstica é uma problemática complexa, e é crucial denunciar a violência doméstica.

 

O que fazer quando se é vítima?

Hoje em dia, existem delegacias de mulheres para atender vítimas de violência doméstica, onde recebem todo o suporte e toda a orientação do que devem fazer.

Geralmente, medidas protetivas são tomadas, de forma a afastar o agressor, porém, em alguns casos, isso ainda não impede que ele volte a agredir, inclusive, há relatos de assassinatos, especialmente quando elas se recusam a voltar para eles.

 

O que fazer se alguém presenciar uma violência doméstica?

Qualquer pessoa, mesmo um vizinho, pode denunciar um caso de violência doméstica.

Basta ligar para 180 e não se preocupe porque a denúncia é anônima e em sigilo.

É um número disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano, e o atendimento é sempre feito por uma mulher.

Como você viu, a violência doméstica é algo muito complexo e que pode ter efeitos devastadores em todos os membros da família.

Infelizmente, algumas mulheres estão tão envolvidas naquele relacionamento tóxico que acabam não pedindo ajuda, e cabe a quem está próximo, socorrer a vítima antes que seja tarde!

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