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Recentemente, vimos muitos casos de pessoas que se recusaram a tomar a vacina da Covid-19 e vários especialistas começaram a estudar para entender esse medo por trás da vacina.
Na verdade, o dilema que as pessoas têm em relação à vacina não é a desconfiança sobre a vacina em si, mas simplesmente o medo, a insegurança e a falta de informações sobre os detalhes de cada vacina.
E para piorar, as “fake News” que circulam nas redes sociais só aumenta esse medo, e às vezes, até colocando em dúvida sua eficácia.
Vamos procurar explicar aqui o que acontece com o cérebro para fazer com que a pessoa tenha essa reação de não querer vacinar, e assim, podemos encontrar maneiras de ajudá-la.
Razões psicológicas
O medo das agulhas é muito comum em crianças e até mesmo em muitos adultos.
Todas as crianças recebem injeções de acordo com o programa de vacinação, e algumas delas, no caso de apresentarem doenças, pode ser que recebam algum medicamento na veia ou façam exames de sangue com mais frequência.
Mas se o medo se torna muito intenso, pode se transformar no que pode ser chamado de “fobia das agulhas” ou AICMOFOBIA.
Só que esse medo excessivo pode ter consequências sobre a saúde, porque pode levar uma pessoa a evitar as picadas a todo custo.
Além disso, alguns tipos de trabalho, planos de saúde e viagens podem exigir algum tipo de vacina ou exame de laboratório. E assim, o medo de agulhas pode trazer diversos problemas na vida da pessoa.
Quais são as causas do medo de agulha?
Em primeiro lugar, saiba que os pesquisadores estimam que 1 adulto em 20, tem medo de agulhas.
E as causas desse medo pode estar ligado a muitos fatores:
Histórico familiar. As pessoas que têm medo de agulhas têm sempre um parente que também tem esse medo;
Histórico pessoal. Provavelmente, a pessoa teve uma experiência traumática ou até viu algo desagradável ou ouvido falar.
Geralmente, quando essas pessoas recebem uma injeção, elas podem sentir um medo intenso e uma grande ansiedade.
Alguns relatam que sua frequência cardíaca e pressão arterial sobem.
É um medo irracional, onde alguns dizem que sentem medo da dor, de se sentirem mais vulneráveis e em casos mais graves, pavor de serem contaminados com a perfuração.
Movimento Antivacina
Um outro fator é um movimento chamado de anti vacinas, que é quando há a associação de uma vacina com algo mais sério. Por exemplo, que a tríplice viral poderia provocar autismo.
Mas esse sentimento contra as vacinas não é de hoje, já está presente desde o século XVIII. E graças a campanhas da OMS, foi possível demonstrar a eficácia e importância das vacinas.
Como ajudar uma criança, adolescente ou adulto com medo de vacina?
Vamos falar mais especificamente na vacina contra o novo coronavírus, pois é o que está mais evidente no momento.
É bom deixar claro que as vacinas salvam entre 2 e 3 milhões de vidas todos os anos, e no caso da Covid-19, é um enorme passo para acabar com a pandemia.
No entanto, ainda existem pessoas que manifestam um certo ceticismo ou hesitação em relação à vacina da Covid-19, e existe uma boa chance de você conhecer alguém que tem essa desconfiança, e por que não dizer medo.
Mas se você não sabe como abordar essas pessoas, saiba que não está sozinho.
Selecionamos aqui algumas dicas do que pode ser feito para ajudar essas pessoas que têm verdadeiro pavor de vacina.
Estabelecer uma relação com seus valores
É importante que a pessoa sinta que é entendida, ou seja, estabelecer uma relação com seu sentimento subjacente.
Por exemplo, se a pessoa se vê impedida de fazer o que quer por conta da Covid-19, mostre que tudo pode voltar ao normal mais rápido se todos forem vacinados.
Quando estiver conversando, não a interrompa nem a corrija.
Agora, você não deve dizer que concorda com as informações falsas, mas sendo empático, vai ser mais fácil dar a sua opinião a respeito.
Ajudar a pessoa para que possa agir
Como já falamos, muitas pessoas têm medo, e claro, a pandemia transformou completamente a nossa vida.
A sugestão é fazer com que ela sinta que possa agir.
Por exemplo, “Você pode fazer qualquer coisa para lutar contra essa doença”.
Lembre-se que ela pode contribuir para mudar seu próprio destino e aquele das pessoas mais próximas no contexto da pandemia ao se vacinar.
Não foque nos mitos
Tenha em mente recusar qualquer percepção errada, e focar em um mito pode ter o efeito contrário, tornando o mito muito mais próximo do real.
Às vezes, você não vai ter outra escolha a não ser contradizer uma informação falsa. E se você se encontrar nessa situação, veja o que fazer:
Comece falando sobre o fato: As vacinas contra a Covid-19 são extremamente seguras e eficazes.
Antes de falar sobre o mito, diga, “existem informações falsas que circulam hoje sobre...”
Mostre porque o mito não é verdadeiro.
O mais importante aqui é substituir a informação falsa pela informação correta.
Na verdade, convencer alguém que é contra a vacina, é um longo processo, e não é fácil.
Saiba que uma só conversa não é capaz de fazer com que uma pessoa mude de opinião, mas o que importa aqui é que você mantenha uma relação com ela.
Agora, se você notar que a conversa não adiantou, vale a pena buscar ajuda de um profissional, para que a pessoa compreenda melhor o medo e aprenda a enfrentá-lo.
No caso de crianças, por exemplo, elas precisam se sentir acolhidas e não associar a vacina com um castigo ou punição, sempre explicando com muita clareza os benefícios da vacina.
Portanto, nunca subestime um medo que uma pessoa possa ter de uma vacina, pois pode haver algo por trás muito mais enraizado e que precisa de uma atenção especial e imediata.
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