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Confusões diagnósticas: Transtorno de Personalidade Borderline ou Bipolar?

  • Autor : Netbhe
  • 13º-set-2022
  • Transtorno Humor
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O transtorno de personalidade limítrofe, ou de personalidade borderline, e o transtorno bipolar costumam ser confundidos como sendo a mesma coisa. Eles também são frequentemente mal diagnosticados, podendo serem confundidos um com o outro. Isso ocorre porque os sintomas de ambas as doenças são surpreendentemente semelhantes.

 

O transtorno de personalidade limítrofe é, na verdade, menos comum e menos conhecido do que o bipolar. Esse transtorno é responsável por apenas cerca de 20% das hospitalizações por doença mental a cada ano, enquanto o transtorno bipolar é responsável por cerca de 50% das hospitalizações. O transtorno de personalidade limítrofe é mais comum em mulheres jovens, enquanto o transtorno bipolar é igualmente comum em homens e mulheres, bem como em todas as faixas etárias.

 

Como se apresenta?

O transtorno de personalidade limítrofe e os pacientes bipolares apresentam alterações de humor que podem envolver explosões violentas, depressão ou ansiedade. No entanto, embora os pacientes bipolares normalmente perpassam esses humores por um período de semanas ou meses, os pacientes com transtorno de personalidade limítrofe podem ter surtos desses humores que duram apenas algumas horas ou um dia.

 

Pacientes com transtorno de personalidade limítrofe também passam por períodos em que não têm ideia de quem são em termos de personalidade, gostos, aversões e preferências. Eles podem mudar as metas de longo prazo com frequência e ter problemas para se ater a qualquer atividade. Agir com impulsividade, fazer compras excessivas e inacessíveis, comer excessivamente ou se envolver em relações sexuais de risco também podem ocorrer. Esses também são sintomas de mania em pacientes bipolares.

 

Pacientes com esse transtorno também podem passar por períodos de inutilidade, sentindo-se maltratados ou incompreendidos, além do vazio. Esses sintomas coincidem com os sintomas de depressão em pacientes bipolares.

 

Outro sintoma do transtorno de personalidade limítrofe envolve como eles lidam com os relacionamentos. Os relacionamentos são frequentemente vistos a partir de extremos. Ou o paciente está totalmente apaixonado ou odeia fervorosamente. Um paciente pode estar completamente apaixonado por um minuto e então passar a odiar alguém totalmente devido a um pequeno conflito ou situação. O medo de abandono geralmente leva a ameaças de suicídio, rejeição e depressão do paciente. Esses problemas de relacionamento também podem ser encontrados em pacientes bipolares.

 

Tratamento 

Os tratamentos do transtorno de personalidade limítrofe e bipolar também são semelhantes. Uma combinação de terapia e medicação é geralmente preferida pelo psiquiatra. A terapia cognitivo-comportamental, embora implementada com sucesso em pacientes bipolares, foi originalmente desenvolvida para uso com transtorno de personalidade limítrofe. Vários medicamentos também podem ser prescritos para qualquer doença mental, com resultados positivos.

 

Assim como o transtorno bipolar, pouco se sabe sobre as verdadeiras causas do transtorno de personalidade limítrofe. Há muita controvérsia sobre genética versus meio ambiente nesta área. No entanto, as pesquisas indicam que, embora o bipolar seja definitivamente de natureza hereditária e biológica, o transtorno de personalidade limítrofe tem mais probabilidade de ser resultado de estímulos ambientais e situacionais.

 

Conclusão

Como você pode ver, existem muitas semelhanças entre o transtorno de personalidade bipolar e o borderline. Muitas vezes, pode ser muito difícil distinguir uma doença da outra, mesmo para médicos e psicólogos. Se você sofrer algum dos sintomas discutidos aqui, é importante obter a assistência e opinião de um profissional licenciado para realizar o diagnóstico e tratamento adequados de seus sintomas.

 

Você nunca deve tentar o autodiagnóstico e o tratamento de sintomas como os associados ao transtorno de personalidade bipolar e limítrofe sem a ajuda de um psiquiatra ou psicólogo. Isso pode piorar os sintomas e tornar o tratamento menos eficaz no futuro. Então, se necessário, procure ajuda especializada de imediato.

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