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Se você está passando por isso ou conhece alguém, saiba que a psicologia ajuda no autismo de uma forma bastante eficaz.
É claro que, principalmente para os pais, é um susto quando recebem o diagnóstico, mas o ideal é que assim que perceberem qualquer alteração no comportamento de seus filhos, não demorar para pedir ajuda.
De acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o autismo, assim como outras síndromes, é incorporado ao Transtorno do Espectro do Autismo.
E é exatamente isso que nós vamos tratar aqui, mas iremos tratar mais especificamente dascrianças: Você vai saber o que é, o que deve fazer, quais os tratamentos e muito mais.
O que é autismo?
Para você entender melhor como a psicologia ajuda no autismo, a primeira coisa é entender é: o que é o autismo.
Na verdade, o transtorno do espectro autista refere-se a um conjunto de sintomas que se reúnem em torno de 3 déficits: comunicação verbal e não verbal + interações sociais +comportamentos (interesses e atividades restritos ou repetitivos).
Só lembrando que algumas coisas que vamos falar aqui não são exclusivas do autismo, a questão é quando os comportamentos se tornam permanentes.
Quais são as características do autismo?
Como ocorre em todos os transtornos e assuntos relacionados a psicologia, é necessário garantir um diagnóstico feito por um profissional. É muito fácil confundir um transtorno com outro, ou até mesmo diagnosticar errado em razão da similaridade de alguns sintomas para uma ou mais doenças psicológicas.
No autismo, as características sintomáticas são bem específicas e devem sempre ser levadas com consideração juntamente com o contexto. Aqui vão algumas das características mais comuns:
· Dificuldade para estabelecer uma conversa normal ou responder a interações sociais;
· Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, como por exemplo, dificuldade em fazer amigos ou compartilhar brincadeiras imaginativas;
· Deficiência nos comportamentos de comunicação não verbais, usados para interação social.
Os comportamentos
O autismo tem como principal característica para diagnostico, o comportamento do paciente. Por ser um transtorno que tem muito reflexo no comportamento, esse é um dos indicativos mais eficazes para se analisar os sintomas. Agora vamos ver alguns exemplos de comportamentos:
Insistências
É muito comum que pessoas autistas, apresentem uma insistência nas mesmas coisas ou padrões ritualizados de comportamentos. Por exemplo, estar sempre fazendo o mesmo caminho e até sofrer muito diante de pequenas mudanças;
Repetições
Movimentos motores repetitivos e um padrão rígido ao usar objetos, por exemplo, ficar alinhando brinquedos ou girando objetos; ou limpando um objeto todos os dias no mesmo horário e da mesma forma;
Atenção direcionada
Interesses fixos e restritos em algumas coisas, como se preocupar de forma anormal com objetos incomuns;
Sentidos sensíveis
Hiper ou hipor-reatividade a estímulos sensórias, como cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, interesse intenso por luzes, etc.
Forma de comunicação própria
Comunicar-se com gestos em vez de palavras; por desenhos; músicas; textos e etc.;
Desvio de atenção
Não direcionar seu olhar para os objetos que as outras pessoas estão olhando. Ou não entender tanta comoção por coisas que são estimulantes para a maioria das pessoas;
O autismo tem idade certa para surgir?
Geralmente, os sintomas aparecem por volta do segundo ano de vida, dos 12 aos 24 meses, mas algumas crianças podem apresentar alguns antes mesmo de 1 ano de idade ou após os 2 anos.
Alguns pais relatam atrasos precoces de desenvolvimento ou perdas de habilidades sociais ou linguísticas, sendo mais evidenciado na primeira infância, inclusive algumas crianças apresentam total desinteresse em interagir com outras pessoas.
Outros comportamentos também podem aparecer, por exemplo:
Autismo na fase adulta
Algumas pessoas só são diagnosticadas com autismo quando adultas, e em muitos casos por talvez alguma criança na família já ter sido diagnosticada ou pelo rompimento de relações familiares ou profissionais.
E nesses casos, a psicologia ajuda no autismo com base nas dificuldades relatadas pelo paciente, porque é difícil ter informações mais precisas do período da infância.
Muitos adultos com Transtorno do Espectro Autista que não apresentam deficiência intelectual ou linguística, aprendem a suprimir comportamentos repetitivos em público.
Entretanto, alguns relatam que sentem um nível de estresse bem elevado para poder manter uma fachada socialmente aceitável.
Possíveis causas
Determinar as causas do autismo ainda é um verdadeiro quebra-cabeça para estudiosos do mundo todo.
Essa dificuldade pode ser explicada pelo fato dos Transtornos do Espectro Autista são síndromes, isto é, são compostos por diversos sinais e sintomas, mas sua causa não é uma só.
Existe hoje um consenso em relação às causas do autismo, que são devidas em parte por fatores do ambiente e de outra parte, por fatores genéticos, onde haveria uma mistura desses dois fatores.
O que seriam fatores ambientais?
Outros fatores são levados em consideração, como a idade elevada da mãe ou complicações no parto, mas é ainda difícil estabelecer uma ligação clara entre essas complicações e o autismo.
Vários estudos mostraram também que os fatores genéticos não podem ser descartados. O risco de ter um filho autista em uma família que tenha já um caso, é 25 vezes maior.
Como pode ser classificado quanto ao nível de gravidade?
O Transtorno do Espectro Autista pode ser classificado:
Nível 3 – Exigindo apoio muito substancial
Nível 2 – Exigindo apoio substancial
Nível 1 – Exigindo apoio
Importância do acompanhamento profissional
O grande problema é que a maioria de casos ainda é detectada muito tarde. Caso você perceba algum comportamento que não seja “típico” do seu filho, busque ajuda o mais cedo possível.
Veja alguns que podem servir de alerta:
Assim, quanto mais cedo a família puder ser orientada, a criança tem um prognóstico muito bom, tanto em relação à suainteração social como se tornar mais independente.
Os diagnósticos são feitos a partir de uma série de fatores, como observação da parte clínica, histórico e, se possível, autorrelato.
Conclusão
O apoio emocional é fundamental em todo o processo do diagnóstico e tratamento do autismo. E quanto mais a família estiver consciente do que está acontecendo e aceitar, maior a chance de criança ser estimulada para desenvolver suas potencialidades, promovendo sua inserção social.
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